Vamos falar um pouco de geologia?
- Guilherme Lautenschläger
- 27 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de mar. de 2020
Em geologia, estudamos basicamente três tipos de rochas: as ígneas ou magmáticas, as sedimentares e as metamórficas. Os calcários explorados na Dagoberto Barcellos se inserem no grupo das rochas metamórficas.
O termo metamórfico é de seu conhecimento? Consegue lembrar de alguma situação que você aplicaste o termo? E se eu disser metamorfose? Fica mais claro?
A metamorfose é o processo que a lagarta passa para se transformar em borboleta. Fazendo uma analogia, o metamorfismo é o processo que transforma um tipo de rocha em outra. Conseguiu compreender?
As rochas ígneas, sedimentares e até mesmo as metamórficas sofrem um conjunto de processos que as transformam nos mais diversos tipos de rochas. Esses processos relacionam-se à atuação de algumas grandezas físicas, como a temperatura e a pressão.
Os calcários são originalmente rochas sedimentares que possuem origem biogênica (a partir de seres vivos) ou quimiogênica (a partir de reações químicas em ambiente aquoso), e que ao se metamorfosear transformam-se nos mármores, ou calcários mesmo, já que estamos acostumados a chamá-las assim.
Essas rochas são mais antigas que eu, você, nossos avós, os dinossauros, e as primeiras formas de vida do planeta Terra. Segundo estudiosos, datam de mais de 700 milhões de anos atrás. E no decorrer de sua existência, passaram por inúmeros processos que as transformaram no que enxergamos hoje lá na Mina Mangueirão e na Mina Mato Grande, nossas preciosidades!

Consegue imaginar como era o ambiente no qual se formaram os calcários? Algum palpite?
Se pudéssemos voltar no tempo, precisaríamos de um barco e quiçá alguns coletes salva-vidas. Sabe por quê? Porque os calcários nasceram em um grande mar que existia por aqui. Nem precisaríamos ir até o Cassino para aproveitar uma praia.
Essas rochas viram continentes se juntarem, se separarem, a formação de cadeias de montanhas, o surgimento e desaparecimento de oceanos, dentre inúmeros outros acontecimentos que moldaram a superfície da Terra, e hoje aproveitamos todo seu potencial na agricultura, na construção civil e na geração de riqueza para o povo Caçapavano e de forma especial, para a comunidade DB.
Spoiler do próximo capítulo!
Onde se encaixa, literalmente, nessa história o Granito Caçapava e as impurezas que tanto atormentam o pessoal dos fornos?
Texto desenvolvido com colaboração de:
Yuri Abreu Faé - Auxiliar Administrativo da Mineração.

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